NOVO BLOG | chicpop

Jun 2, 2018
4 min

O desterro como vocação: a prosa ficcional de Philip Roth

Se há um traço indelével na prosa ficcional de Philip Roth (1933-2018) é a marca do desterro. As personagens de Roth têm estampadas em suas trajetórias um sentimento de inquietação no tocante ao não pertencimento físico e moral às circunstâncias que estão inseridas. E esse mal-estar possui dupla face: identitário e sexual. Em síntese, Roth era um escritor eminentemente autobiográfico e escrevia numa chave estética realista. Isto é, há homologias significativas entre alguns do

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por cel bentin - poemas de lilian aquino

Feb 13, 2017
6 min

]DAQUI[ do quarto-escuro

[onde pupilas dilatam à vontade de ver sóis] [Os poemas integram Daqui, segundo livro de Lilian Aquino, que será lançado dia 16 de fevereiro, na livraria, bar & café Patuscada - rua Luís Murat, 40, São Paulo - a partir das 19h.] Perduração de um poema de Donizete Galvão O peso de um homem é comparável ao lugar onde pisa ao modo como apoia os pés um depois do outro neste chão de pedregulhos que só existe na superfície viva e faminta dos dias E quando a superfície acabar por

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Acauam Oliveira

Nov 10, 2016
17 min

Questões em torno do Nobel do Bob Dylan

Geraldo Azevedo - O Amanhã É Distante (Tomorrow Is a Long Time) Devo confessar que de início essa questão do Nobel do Dylan me interessou bem pouco. Afinal, até o Obama levou um Nobel da paz, e eu não sou propriamente um grande fã de folk music. Assim como para Caetano Veloso, em termos de voz e violão João Gilberto mexe muito mais comigo, e considero que as “versões nacionais” do Bob Dylan - como o Zé Ramalho e o Belchior - já são suficientemente geniais. Isso não significa

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Lucius Provase

Nov 1, 2016
8 min

Bob Dylan, enunciação e canção

O prêmio Nobel atribuído a Bob Dylan acirrou os ânimos na discussão sobre o lugar da canção na literatura. Não foram poucos os que foram chamados de puristas por questionarem o prêmio dado ao compositor. A pergunta que, ao que me parece, guiou o debate, parecia, no entanto, deslocada. Em vez de pensar se canção é literatura, talvez a pergunta devesse ser, como sempre deve ser para a crítica, o que é literatura? Em sua tese de doutorado, Mamede Jarouche mostra como o livro Mem

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O futuro em dois tempos: Fundação, de Isaac Asimov, e Jogos Vorazes, o filme.

Alex Barbosa Paula

Oct 26, 2016
8 min

O futuro em dois tempos: Fundação, de Isaac Asimov, e Jogos Vorazes, o filme.

A comparação entre os dois modelos de projeção do futuro permite reconhecer algo do que foi perdido em nossa capacidade de imaginação utópica. A imagem “revolucionária” de Jogos Vorazes revela, de fato, o quanto estamos cada vez mais limitados a um horizonte de expectativas decrescentes. Publicado originalmente em Lavra Palavra I O livro “Fundação”, de Isaac Asimov, um famoso escritor de ficção cientifica da década de 50, conta a historia de uma humanidade que há muito saiu d

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Renato K. Silva

May 9, 2016
8 min

O samba-canção escovado ao contrário

Novo livro de Rui Castro desvela os bastidores desse gênero pertencente ao “baixo clero” da música popular brasileira, e que traz a tona um Brasil a um só tempo oculto e onipresente. O filósofo judeu-alemão Walter Benjamin dizia, na sua oitava tese sobre o conceito de história, que é preciso “escovar a história a contrapelo”. Referindo-se ao estudioso da cultura que deseja transmiti-la isentando-se de contar apenas a história dos vencedores. Portanto, “escovar a história a co

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José Virgínio

Nov 6, 2015
2 min

Apenas Mais Uma (Rinha) de Amor

Apenas mais uma (rinha) de amor Como uma ideia que existe na cabeça Lulu Santos round 1: gaslighting (ou) psicologizando o adversário Aahh! mas não dá pra ser de qualquer jeito não tem que ter método mas também se deixar levar é preciso pegar da psicologia começar doce e cavalheiro um lésbico sedutor e lascivo às vezes irônico sádico e sarcástico mas sempre intenso sensível quase feminista é necessário estar na liderança ter domínio do caminho saber que ela está na sua t

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Willian Delarte

Oct 23, 2015
2 min

Quatro Poemas de Willian Delarte

LAMA. SALOBRO. SALUBA “à Juçara Marçal” a língua da morte não lambe, arde a boca da morte não fala, cala o lábio da morte não beija, morde o descanso da morte é sem ócio a caveira dela é sem osso o crânio da morte é vazio o intestino mais fino é o grosso a alma é penada e não voa no peito, o vento e um poço a cara é só uma máscara e por trás, galopando, o nada , o nosso "Labirinto de Sal" - Motoi Yamamoto DENTE DE LUA transo o passo que me passa. traço a traço me perpasso. tr

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Vivien Lancelotti

Oct 16, 2015
2 min

Uranus' Daughter

c. Vivien Lancelotti Uranus' Daughter and it was a blurred envisioning, the coins going straight into her semi- detached bra, many and placed by many hands. Some would act and others watch. It was an ongoing match of stamina. She waited for none. It was one and then another. Like bugs on roses they fed on her. Basileia was a symbol’s flesh, human, internal organs and all that goes through them, and more… a receiver of all the world and though there’s little known about her, s

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Aline Bei

Oct 9, 2015
3 min

Noite (Poema)

1 hora da manhã e meu sono longe em um lugar aOnde os sonos ficam quando não querem colar no corpo e fazer Dormir. Esse país se chama Insônia e fica numa terra pelada acima do céu. Lá não se chega nem de trem, só De pássaros, os pássaros não dormem em público, nunca se viu o sono de uma pomba ou de um beija Flor. Eu estava na cama, tentando dormir pensando que amanhã eu teria que fazer tanta coisa e não poderia acordar de 1 não-sono assim, tão cansada. Seria ruim como uma doe

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Fernanda Windholz

Oct 2, 2015
3 min

Um Café (Poema)

Vontade de tomar um café com você sentindo o cheiro doce do café preto que vai ocupando a cozinha, a sala, a varanda. Vontade de sentir seus olhos pousarem nos meus depois de voarem tantas léguas de rodarem tantos quilômetros de asfalto esburacado de terceiro mundo. Depois de rodopiarem esquinas, pagando o pedágio de suor, sangue, dignidade. Vontade de compartilhar o sangue dos teus olhos na cozinha da minha casa de aluguel enquanto o cheiro do café alcança a rua. Vontade de

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Cel Bentin (seleção)

Sep 10, 2015
1 min

3 poemas, de Charles Marlon

“Nobody Home” Sossega-te sobre a cera vermelha do piso gasto. Escuta as passadas de um tempo ausente; da chinela arrastada saíram estes arranhões. Quando levantares, sobre a mesa, te esperam as contas do mês e a conta dos dias. Quando julho penetra, impregnando a cortina, é pela falta de outra certeza que nossas vidas seguem costuradas com os re- talhos de tudo o que não deu certo. O calado (a Cel Bentin) A marcha dos dias pelo sim, não, talvez. Quem sabe aonde nos leva esta

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Entre crime e doação , “maior que o infinito é a encomenda”

Mariana Teixeira

Aug 27, 2015
1 min

Entre crime e doação , “maior que o infinito é a encomenda”

É dia de lançamento aqui no CHIC Pop. OBA! Goiana, Mariana é autora de Inversos Paralelos (JAC Editora). Na próxima quinta-feira, dia 03 de setembro, lança no bar Canto Madalena, às 19h, seu novo livro de poemas O Que Tirei Da Mala (Editora Patuá). Tem poemas nos dois volumes da antologia Hiperconexões: realidade expandida (Editora Terracota, 2013 e Editora Patuá, 2014), a primeira antologia de poemas sobre o pós-humano da literatura brasileira, organizada pelo escritor Luiz

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Cel Bentin

Aug 19, 2015
3 min

Sangria, de Ana Karina Bucciareli

Buscando reforçar o compromisso do Chic Pop com a produção literária atual, a partir de hoje estaremos firmando uma parceria com a Editora Patuá (entre outras), um dos projetos editoriais mais interessantes da atualidade, focada sobretudo na publicação de escritores estreantes. A recém fundada editora, do editor-guerreiro Eduardo Lacerda, conta com diversos jovens talentos em seu catálogo, e já acumula inúmeros prêmios importantes. O Chic Pop irá abrir um canal de diálogo com

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Fernanda Kalianny

Aug 7, 2015
1 min

Pedaços Inteiros

Rasgá-la-ei Ao meio E envolvê-la-ei Em meus pensamentos Sentimentos Anseios E receios Rasgá-la-ei E infiltrar-me-ei Em suas fissuras E doçuras Entre o ser e as coisas Rasgá-la-ei E preenchê-la-ei De amor Afeto E sorriso Rasgá-la-ei Ao meio E incorporarei Os teus sonhos E os teus dedos Rasgá-la-ei Usurpá-la-ei Preencherei vazios E roubarei segredos Rasgá-la-ei A boca, os seios, as pernas E cultivarei Os mais gostosos recheios Rasgá-la-ei E fatiarei Para depois fazermo-nos Peda

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Bel Mesquita

Jul 29, 2015
1 min

CONTATO

"dance senão estamos perdidos" "a arte existe para que a verdade não nos destrua" o infinito que um milhão de palavras não poderia traduzir; o intangível que um som pode atingir; o fundo que um poema pode tocar; a vastidão que se pode acessar por um olhar; a potente energia de um toque. o silencio, uma imagem tantos são os inalcances das palavras #literatura

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Dois poemas, por Fernanda Kalianny (com ilustração de Emília Santos).

Acauam Oliveira

Feb 25, 2015
2 min

Dois poemas, por Fernanda Kalianny (com ilustração de Emília Santos).

(I) Composição poética: A minha buceta unindo-se a sua; Seus seios grudados em meus dedos. Compõem poeticamente: Sua boca sugando os meus mamilos; O seu cheiro nos meus lábios e queixo; O gozo que escorre no canto da sua boca E depois me reencontra No cruzar de nossas línguas. Poético: O vai vem frenético dos nossos corpos O movimento de suas mãos Adentrando a minha existência. Poético: O gozo múltiplo misturado com suor Escorrendo em nossas coxas. As pernas que recusam a sus

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Acauam Oliveira

Dec 19, 2014
1 min

Café Noturno

Por Gabriela Arruda Nessa noite, entrei em um café noturno. Pedi um café sabor estrelas reluzentes, E na ânsia de beber o céu e seus amargos versos, Perdi meu olhar num corredor imerso Na escuridão onde bailam casais inexistentes. O vazio que decora e assombra o ambiente Faz as mesas serem várias e apenas uma. Num açoite, tomo todo o café ou o universo, Já não reluzem as estrelas nem luz alguma Mas dentro de mim reverberará um brilho diferente... Saio do café. Meus pa

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Acauam Oliveira

Dec 15, 2014
1 min

Finco

Por Bel Mesquita FINCO - então me diga como é, ruína milenária, manter-se sólida por tanto tempo erguida sobre suas próprias bases, com o peso do tempo em suas arestas, assistindo levemente quem te construiu ir embora e novas pessoas habitarem teus espaços, ocuparem teus lados e te transformarem, deixando-os também para os que ainda depois chegam, e assim sucessivamente observar a ida e vinda de gentes, com a leveza de quem sabe que tudo é passageiro. me diz como é equilibrar

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Acauam Oliveira

Dec 3, 2014
5 min

Para onde vai, Chespirito?

por Breno Longhi Quando eu era criança, minha casa ficava no fundo da loja dos meus pais em Sorocaba. O responsável pelas refeições era o meu pai, que me preparava para ir à escola e me dava de comer. Desde que consigo me recordar, realizávamos quase religiosamente o mesmo ritual: nos sentávamos no sofá da sala, de frente para a TV, ele colocava um guardanapo em volta do meu pescoço para não sujar meu uniforme, picava a comida e me dava uma garfada atrás da outra, até o prato

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CHIC POP

O desterro como vocação: a prosa ficcional de Philip Roth

]DAQUI[ do quarto-escuro

Questões em torno do Nobel do Bob Dylan

Bob Dylan, enunciação e canção

O futuro em dois tempos: Fundação, de Isaac Asimov, e Jogos Vorazes, o filme.

O samba-canção escovado ao contrário

Apenas Mais Uma (Rinha) de Amor

Quatro Poemas de Willian Delarte

Uranus' Daughter

Noite (Poema)

Um Café (Poema)

3 poemas, de Charles Marlon

Entre crime e doação , “maior que o infinito é a encomenda”

Sangria, de Ana Karina Bucciareli

Pedaços Inteiros

CONTATO

Dois poemas, por Fernanda Kalianny (com ilustração de Emília Santos).

Café Noturno

Finco

Para onde vai, Chespirito?

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